EDA NELA
( 1912-2001 )
DORA PÉREZ DE ZÁRATE– Ciudad de Panamá.
EDA NELA é o pseudónimo de Dora Pérez Zárate.
Licenciada en Filosofía y Letras.
Fue educadora, escritora y folclorista, autora de cerca de uma treintena de obras dedicadas al folclore panamenho, cuentos, obras de teatro, ensayos, libros de texto, además de vários poemarios.
Ganadora en dos ocasiones del Premio Ricardo Miro, fue una de las primeras exponentes de la vanguardia dentro de la poesía panameña.
TEXTOS EN ESPAÑOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
POESÍA DE PANAMÁ. Edición bilingüe con las versiones rusas de Pável Grushko. Ciudad de Panamá: Universidad de Panamá, 2015. 170 p. 21x27 cm. Cubierta: Pintura de Anna Goncharova “Luna Nueva”. Tapa dura, sobretapa. Tiraje: 1800 exemplares. Impresso en Colombia por Prensa Moderna.
Ex. bibl. Antonio Miranda
LAVANDERITA
Lavandera negrita
de carne apretada:
las hilas en tus manos
son blancas.
Lavandera que lavas hasta que el sol
se pierde:
tuerce tus hilas…
Lavandera negrita
como higo morado:
tus ojos lucen
como lunas claras.
Lavanderita,
seca tu ropa.
El sol dorado
y la brisa ligera…
! Lavanderita, canta!
Tu voz suena a primavera…
EN LA NOCHE
! Perfume siento
de jazmines;
también de rosas,
claveles,
margaritas…!
Estoy en mi jardín,
que huele a tierra
húmeda.
! Cuánto diera
porque fuera
una selva,
y yo en ella
la única mujer…!
Se ensanchan mis pulmones
cuando aspiro con fruición
este perfume de floresta,
y suben a mí
emanaciones de hojas
secas…
¿ Qué espero aquí?
Nada.
El chal penumbroso
que me envuelve
ha sido rasgado
por un hilo de luz…
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda
LAVANDERINHA
Lavandeirinha negrita
de carne apertada:
as gazes en tuas mãos
são brancas.
Lavandeira que lavas até que o sol
desaparece:
torce as tuas gazes…
Lavandeira negrita
como figo rubro:
teus ojos brilham
como luas claras.
Lavandeirinha,
seca tua ropa.
O sol dourado
e a brisa ligeira…
Lavanderinha, canta!
Tua voz soa como a primavera…
BUSCANDO PIRILAMPOS
Os pirilampos trazem estrelas novas.
As mãos dos meninos acendem estopa.
Canta na noite a ave agoureira.
Os olhos dos meninos roubam estrelas.
Caiu uma estrela nas folhas secas.
As mãos dos meninos caçam estrealas.
Estrelinha viva nas boas mãos.
Os olhos dos meninos estão em festa.
DE NOITE
Sinto o perfume
de jasmins;
também de rosas,
cravos,
margaridas…!
Estou em meu jardín,
que tem o cheiro de terra
úmida.
Quem dera
que fosse
uma selva,
e eu nela
a única mulher…!
Se alargam meus pulmões
quando aspiro com fruição
este perfume de floresta,
e chegam a mim
emanações de folhas
secas…
Que estou esperando aquí?
Nada.
O chale penumbroso
que me envolve
foi rasgado
por um fio de luz…
*
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Página publicada em agosto de 2021
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